domingo, 7 de setembro de 2008
1919-TROVADOR ADELMAR TAVARES NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS-(Parte 8)
1919-TROVADOR ADELMAR TAVARES
NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS-(Parte 8)
Entrevistada: Sílvia Araújo Motta
JCultural:Quem foi Adelmar
Tavares da Silva Cavalcanti?
1-Na ABL há uma Cadeira
só para o REI TROVADOR,
para nós, sempre a primeira,
para Adelmar, o louvor:
(Eleito em 25-03-1926,
Cadeira 11 na ABL:
Sucessor de João Luiz Alves:
Recebido por Laudelino Freire.)
2-Adelmar Tavares quis
fazer TROVA e ensinar
que numa estrofe feliz
cabe o céu, a terra e o mar.
3-Quisera ter conhecido
o Acadêmico Adelmar,
o Brasil ficou sentido,
quando morreu a reinar.
4-Nosso imortal Ademar
Tavares, um Trovador,
na ABL a discursar
deu à TROVA seu valor.
5-“Adel” Tavares Nasceu (1888)
Dezesseis de fevereiro
Em Recife, mas morreu
Lá no Rio de Janeiro.(20-6-63)
6-Dezenove anos contados,
publicou trovas: “Descantes”
o “primeiro” publicado (1907)
no Brasil, com quaro autores.
7-Advogado de valor,
Prof. em Direito Penal,
um Adjunto Promotor,
Magistrado sem igual.
8-Dos Órfãos foi Curador,
de Jornais, bom Redator,
Testamentos...Curador,
DF/Desembargador.
9-Adelmar foi Presidente
no Tribunal de Justiça,
o TROVADOR expoente
no Brasil tem referência.
10-Nas belas publicações,
para o Brasil que comprova,
por suas ricas lições
ADELMAR é o “Rei da Trova.”
Trovas de Adelmar Tavares:
"Nem sempre com quatro versos
setissílabos, a gente
consegue fazer a trova;
faz quatro versos, somente."
“Ó linda Trova perfeita,
que nos dá tanto prazer.
Tão fácil depois de feita,
tão difícil de fazer.”
“Minha Mãe, minha velhinha,
Deus te abençoe, e acompanhe,
porque uma Mãe neste mundo,
quanto mais velha, mais Mãe.”
“Não sei porque, quando canto,
por mais alegre a canção,
tem uma gota de pranto
que vem do meu coração.”
“Amar é obra perdida
mas, que dissessem, queria,
se não fosse amar na vida,
a vida, que valeria?!”
“As penas em que hoje estou,
disse-as ao Sol, - fez-se triste.
Disse-as à Noite, - chorou...
Disse-as a ti, e sorriste...”
“Não lamento a minha lida,
nem, pobre, choro os meus ais.
Quem tem um amor na vida,
tem tudo! Para que mais?”
“Vou vivendo a minha vida,
como Deus quer e consente.
- Sou como a folha caída,
levada pela corrente.”
“Trovas, - cantiga do povo,
alma ingênua dos caminhos,
de lavradores, cigarras,
mulheres, e passarinhos...”
“Para esquecer-te, outras amo,
mas vejo, por meu castigo,
que qualquer outra que eu ame,
parece sempre contigo...”
“Para de amor cantar mágoas,
foi que se fez o violão,
que a gente aperta no peito,
e encosta no coração...”
“Só peço o dia em que eu morra
faça uma noite de lua,
todo troveiro descante,
todo violão saia à rua.”
“Quando eu morrer, levo à cova,
dentro do meu coração,
o suspiro de uma trova
e o gemer de um violão...”
“A morte não é tristeza,
é fim... É destinação...
Tristeza é ficar na vida
depois que os sonhos se vão...”
“Depois de mandar-te embora
foi que - cego! - percebi,
que eras a felicidade
que eu tinha em mãos, e perdi.”
“Bem sei que amar custa muito,
custa a vida querer bem,
mas custa o dobro da vida,
na vida não ter ninguém.”
“Para definir o Poeta,
só mesmo em versos defino.
- É um homem que fica velho,
com o coração de menino...”
(Poesias completas, 1958.)
Referência biográfica:
Membro da Sociedade Brasileira de Criminologia,
do Instituto dos Advogados,
da Academia Brasileira de Belas Artes,
membro e patrono da Academia Brasileira de Trovas.
Foi presidente da Academia Brasileira de Letras, em 1948.
Bibliografia de Adelmar Tavares:
Descantes, trovas (1907);
Trovas e trovadores, conferência (1910);
Luz dos meus olhos, Myriam, poesia (1912);
A poesia das violas, poesia (1921);
Noite cheia de estrelas, poesia (1925);
A linda mentira, prosa (1926);
Poesias (1929); Trovas (1931);
O caminho enluarado, poesia (1932);
A luz do altar, poesia (1934);
Poesias escolhidas (1946);
Poesias completas (1958).
Escreveu também várias obras jurídicas,
entre as quais Sobre a história do fideicomisso;
Do homicídio eutanásico ou suplicado;
Do direito criminal;
O desajustamento do delinqüente à profissão.
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1481
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/silviaraujomotta
http://clubedalinguaport.blogspot.com/
---***---
NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS-(Parte 8)
Entrevistada: Sílvia Araújo Motta
JCultural:Quem foi Adelmar
Tavares da Silva Cavalcanti?
1-Na ABL há uma Cadeira
só para o REI TROVADOR,
para nós, sempre a primeira,
para Adelmar, o louvor:
(Eleito em 25-03-1926,
Cadeira 11 na ABL:
Sucessor de João Luiz Alves:
Recebido por Laudelino Freire.)
2-Adelmar Tavares quis
fazer TROVA e ensinar
que numa estrofe feliz
cabe o céu, a terra e o mar.
3-Quisera ter conhecido
o Acadêmico Adelmar,
o Brasil ficou sentido,
quando morreu a reinar.
4-Nosso imortal Ademar
Tavares, um Trovador,
na ABL a discursar
deu à TROVA seu valor.
5-“Adel” Tavares Nasceu (1888)
Dezesseis de fevereiro
Em Recife, mas morreu
Lá no Rio de Janeiro.(20-6-63)
6-Dezenove anos contados,
publicou trovas: “Descantes”
o “primeiro” publicado (1907)
no Brasil, com quaro autores.
7-Advogado de valor,
Prof. em Direito Penal,
um Adjunto Promotor,
Magistrado sem igual.
8-Dos Órfãos foi Curador,
de Jornais, bom Redator,
Testamentos...Curador,
DF/Desembargador.
9-Adelmar foi Presidente
no Tribunal de Justiça,
o TROVADOR expoente
no Brasil tem referência.
10-Nas belas publicações,
para o Brasil que comprova,
por suas ricas lições
ADELMAR é o “Rei da Trova.”
Trovas de Adelmar Tavares:
"Nem sempre com quatro versos
setissílabos, a gente
consegue fazer a trova;
faz quatro versos, somente."
“Ó linda Trova perfeita,
que nos dá tanto prazer.
Tão fácil depois de feita,
tão difícil de fazer.”
“Minha Mãe, minha velhinha,
Deus te abençoe, e acompanhe,
porque uma Mãe neste mundo,
quanto mais velha, mais Mãe.”
“Não sei porque, quando canto,
por mais alegre a canção,
tem uma gota de pranto
que vem do meu coração.”
“Amar é obra perdida
mas, que dissessem, queria,
se não fosse amar na vida,
a vida, que valeria?!”
“As penas em que hoje estou,
disse-as ao Sol, - fez-se triste.
Disse-as à Noite, - chorou...
Disse-as a ti, e sorriste...”
“Não lamento a minha lida,
nem, pobre, choro os meus ais.
Quem tem um amor na vida,
tem tudo! Para que mais?”
“Vou vivendo a minha vida,
como Deus quer e consente.
- Sou como a folha caída,
levada pela corrente.”
“Trovas, - cantiga do povo,
alma ingênua dos caminhos,
de lavradores, cigarras,
mulheres, e passarinhos...”
“Para esquecer-te, outras amo,
mas vejo, por meu castigo,
que qualquer outra que eu ame,
parece sempre contigo...”
“Para de amor cantar mágoas,
foi que se fez o violão,
que a gente aperta no peito,
e encosta no coração...”
“Só peço o dia em que eu morra
faça uma noite de lua,
todo troveiro descante,
todo violão saia à rua.”
“Quando eu morrer, levo à cova,
dentro do meu coração,
o suspiro de uma trova
e o gemer de um violão...”
“A morte não é tristeza,
é fim... É destinação...
Tristeza é ficar na vida
depois que os sonhos se vão...”
“Depois de mandar-te embora
foi que - cego! - percebi,
que eras a felicidade
que eu tinha em mãos, e perdi.”
“Bem sei que amar custa muito,
custa a vida querer bem,
mas custa o dobro da vida,
na vida não ter ninguém.”
“Para definir o Poeta,
só mesmo em versos defino.
- É um homem que fica velho,
com o coração de menino...”
(Poesias completas, 1958.)
Referência biográfica:
Membro da Sociedade Brasileira de Criminologia,
do Instituto dos Advogados,
da Academia Brasileira de Belas Artes,
membro e patrono da Academia Brasileira de Trovas.
Foi presidente da Academia Brasileira de Letras, em 1948.
Bibliografia de Adelmar Tavares:
Descantes, trovas (1907);
Trovas e trovadores, conferência (1910);
Luz dos meus olhos, Myriam, poesia (1912);
A poesia das violas, poesia (1921);
Noite cheia de estrelas, poesia (1925);
A linda mentira, prosa (1926);
Poesias (1929); Trovas (1931);
O caminho enluarado, poesia (1932);
A luz do altar, poesia (1934);
Poesias escolhidas (1946);
Poesias completas (1958).
Escreveu também várias obras jurídicas,
entre as quais Sobre a história do fideicomisso;
Do homicídio eutanásico ou suplicado;
Do direito criminal;
O desajustamento do delinqüente à profissão.
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1481
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/silviaraujomotta
http://clubedalinguaport.blogspot.com/
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