ANÁLISE LUSO-BRASILEIRA PSICO/FILOSÓFICA DA MENSAGEM DE FERNANDO PESSOA (CBPBG :02)
Simbologia da História de Portugal, em 210 VERSOS Nº 188
Por Sílvia Araújo Motta
01-Usando a simbologia,
02-Pessoa expõe em “Mensagem”,
03-apesar de antinomia,
04-cifrada em rica linguagem,
05-a sua mito-poesia
06-com messianismo-político.
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07-Desde o “Interregno” publica
08-a racional Monarquia
09-e na idéia-força indica,
10-sua vasta biografia,
11-de formação filosófica,
12-estética e ideológica.
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13-O seu sentimento exibe
14-com nacionalismo mítico,
15-mas o pensamento exige
16-ser transcendental e mítico
17-a favor da Monarquia
18-que já está no estado crítico.
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19-Entre o Homem e o Universo
20-com poderosa intuição,
21-coloca o destino em verso
22-daquela grande Nação.
23-Portugal vê seu reverso,
24-consciente na gestação.
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25-No plano divinizado,
26-em sua premonição,
27-vê na decadência o fado,
28-que, em sua cosmovisão,
29-traz ascendência ao Reinado,
30-tornando forte a Nação.
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31-A insuperável maestria
32-por Pessoa é revelada,
33-e no esoterismo cria
34-a epopéia pontuada;
35-com mitos e heróis recria,
36-a vida espiritualizada.
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37-É mais que um “poema histórico”;
38-É um “poema-sentimento”,
39-“poeta-drama”, denso e rico,
40-pois prevê o renascimento
41-sobrenatural e único:
42-Portugal traz movimento.
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43-Sua “Mensagem” inspirada
44-com racional intenção,
45-profecia comprovada,
46-encaminha solução.
47-No Concurso, premiada:
48-é inédita a criação.
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49-Na sua primeira parte,
50-mostra o “Brasão” Português,
51-mas já na segunda parte,
52-expõe o “Mar Portuguez”;
53-Na última parte reparte
54-“Tempos” e “Avisos” que fez.
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55-”Brasão” da Lusa Nação
56-traz a verdadeira heráldica,
57-indicando a formação,
58-moral, política e histórica,
59-desde a civilização,
60-usando a forma simbólica.
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61-Na ordenação cronológica
62-mostra cada personagem,
63-numa função “proto-histórica”,
64-coloca Deus, na “Mensagem”.
65-Dos sete poemas, cinco
66-têm religião na abordagem.
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67-Há, no início do “Brasão”
68-“Os campos” que foi chamado,
69-“poema da indicação...”
70-O Continente é mostrado,
71-e a Europa na posição
72-geográfica, delineado.
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73-O poema “Dos Castellos”,
74-cifra num “símile-esfíngico”,
75-faz com os gregos os elos,
76-na ancestralidade, o enigma,
77-do tempo, com seus anelos,
78-apesar do “fatal-estigma”.
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79-No “Dos Castellos”, “Mensagem”
80-constrasta a Morte e a Vida,
81-o destino da viagem,
82-o princípio-fim, medida
83-com “religiosa-coragem”,
84-entremostrando guarida.
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85-São esteios da Nação,
86-“Ulisses” e “Viriato”,
87-D. Affonso Henriques, D. João (I)
88-D. Tareja, mãe de fato,
89-Dona Philippa de Lencastre,
90-D. Diniz-Trovador no ato.
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91-Dentro dos poemas “Campos”
92-lê-se os “Das Quinas” também:
93-desígnios divinos, amplos,
94-“Deus é o agente”, é o Bem.
95-Religiosos sentimentos,
96-despertados, fazem bem.
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97-Nas “Quinas” tem “Cinco Chagas”,
98-“Portugal-Pessoalizado”.
99-As figuras são fadadas
100-à sorte, os predestinados
101 -sofrem das dores geradas
102 -ou morrem sacrificados.
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103 -As “Quinas” prestam homenagem,
104 -aos filhos de Dom João,
105 -tendo como personagens,
106 -D. Fernando, D. Duarte,
107 -D. Pedro, D. João Infante
108 -e a Quinta, à D. Sebastião.
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109-”Nunalvares...” a vivência
110-na “Coroa” é decifrada,
111-fidalgo, por excelência,
112-tem a moral registrada...
113-D. João, pela experiência,
114-ao Rei Arthur, comparado.
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115-O “Timbre” é a energia vital.
116-O “Infante” D. Henrique,
117- “D. João Segundo”, genial,
118- “D. Afonso de Albuquerque”,
119- três poemas ao total:
120-aos navegadores de Sagres.
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121- “Mar Portuguez” representa
122-na vida, a realização;
123-mostra a energia sedenta,
124-na morte, a interrogação.
125-Doze poemas-fé e tormenta,
126-Verão-Outono, nova concepção!
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127-Entre outros, vale citar
128-belo poema “Horizonte...”
129- “apologia do mar”.
130-No pioneirismo do “Infante”
131-Pessoa sabe louvar,
132-predestinação coerente.
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133-Pelo progresso acontece
134-Renascença Portuguesa,
135-que sua Pátria merece.
136-Traz retorno da beleza
137-que no místico aparece,
138-espiritual com certeza.
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139-Em busca de salvação,
140- “Encoberto” de tormenta,
141-tenta livrar a Nação.
142-O ocultismo experimenta
143-e na desintegração
144-o “mytho” não se lamenta.
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145-À sua Pátria terrestre,
146-apresenta o seu futuro,
147-pois na morada Celeste
148-o espiritual é seguro,
149-com brados de leste a oeste,
150-vitória ao povo inseguro.
151- “Encoberto” em grande porte
152- recomenda que a Esperança,
153- “Redentora após a Morte”,
154- nos leva à “Nova Aliança”,
155- com uma “Terra Prometida”,
156- “Pátria Superior do Espírito”.
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157- Tem três partes, o “Encoberto”.
158- Nos “Symbolos”, “O Desejado”,
159- matéria de espírito aberto:
160- Vida é uma “Rosa”. Invocado
161- “Destino é Cruz”. “Vida é Cristo”
162- que humaniza o sacrifício.
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163- A “Mensagem” mostra em verso,
164- o profeta do humanismo,
165- Bandarra, pobre e disperso,
166- na restauração do Império,
167- quase alcançou o Universo
168- por velado Messianismo.
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169- Foi “Bandarra”, sapateiro,
170- de Trancoso, um Trovador.
171- Consolava o povo inteiro,
172- daquela terrível dor,
173- da opressão dos Castelhanos,
174- com Trovas de sonhador.
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175- Em “Avisos”, a “Mensagem”
176- contempla “Antônio Vieira”
177- que restaura em homenagem,
178- a D. Sebastião, de maneira,
179- que o “Sermão de Vida e Morte”
180- confirma a concepção.
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181- Vale a pena ressaltar:
182- a “PRECE” da Redenção,
183- “AVISOS” vem exaltar;
184- Salmo de Meditação
185- do Messianismo “Pessoano”
186- que tem bela invocação.
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187- Morto D. Sebastião
188- todo o Império é derrotado.
189- Previsto o fim da Nação,
190- “O QUINTO IMPÉRIO” é criado
191- para a espiritualização,
192- no ocultismo doutrinado.
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193- Já no final da “Mensagem”
194- da história de Portugal,
195- da “teofania Pessoana”,
196- no Século áureo, Portugal,
197- já renascido proclama,
198- mentor mundial, espiritual.
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199- Realiza-se a profecia
200- para a lusitanidade,
201- reino pleno de alegria,
202- paz, cultura e liberdade,
203- que se expande dia a dia...
204- teofânica divindade.
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205- Registram Fernando Pessoa
206- Profeta do “Supra-Camões”,
207- mas “Ele-próprio” em Lisboa,
208- heróico nas previsões,
209- é um profeta... e o mundo ecoa
210- ostentando seus “Brasões”.
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Nota - As aspas referem-se à ampla
Bibliografia consultada pela
pesquisadora Sílvia Araújo Motta/BH/MG.
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(*) Autora Sílvia Araújo Motta é Presidenta do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa e Cônsula dos Poetas del Mundo filiado em 130 países.Em quatro idiomas é Escritora, Poeta, Sonetista e Trovadora.
silumotta@hotmail.com
Confira no site:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/silviaraujomotta
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