7135-LUTO NA LITERATURA MINEIRA: MORRE TÂNIA DINIZ EM BH-MINAS GERAIS-DIA 3 de ABRIL-2020
7136-MORRE EM BH-MG-TANIA DINIZ
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Acróstico IN MEMORIAM nº 7136
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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T-Tânia Diniz, escritora, Poeta Del Mundo!
A-A Fundadora de [MULHERES EMERGENTES]
N-Nomeada Sócio-Correspondente número 943:
I-Instituição Acadêmica Raul de Leoni;
A-A mulher de múltiplas funções, nesta terra;
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D-Destaque como autora de vários livros:
I-Inúmeros Poemas em [ Mulher EmBalada];
N-Na [Flor do Quiabo]; no [Bashô em Nós];
I-Imaginação fértil no volume [ Rituais]
Z-Zelosa Contista, radialista, jornalista,
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I-Inesquecível Mãe exemplar, Chefe de Família
N-No Lar; Embaixadora da Paz no Chile/Brasil;
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M-Muitas palestras divulgadas e feitas virtualmente,
E-Em seu Mural Poético, que sempre valorizou
M-[Mulheres na Artes]. Fez Oficinas de Haicais...
O-O jeitinho de Professora, sempre a vocação,
R-Recebeu na serenidade, na paciência e educação.
I-impossível esquecer seu olhos verdes! 1º lugar:
A-Alcançado no I Concurso Internacional de Poesia
e Ilustração.
M-Mostrou competência no livro, em cinco
idiomas/1994.
---Nasceu em Dores do Indaiá-Minas Gerais.---
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BH, MG, 03 de abril de 2020. Enterrada dia
4 de abril de 2020.
3 de abril de 2020, de Tânia Diniz,
idealizadora há 30 anos do mural poético Mulheres Emergentes
e que tem um pouco de sua história contada aqui neste blog.
Tânia, querida pelos 5 continentes por sua delicadeza e textos
incríveis,
foi também esposa, mãe, miss, manequim, professora de
português,
francês, espanhol e italiano.
Deixa um legado de arte e poesia e nossa gratidão por
termos tido
a oportunidade de sua convivência.
Com amor,
Daniel, Carolina e Mariana.
Belo Horizonte – MG – Brasil
pela UFMG. Poeta, contista, editora, promotora cultural,
professora de idiomas, idealizadora e fundadora do mural
poético Mulheres emergentes, em 1989, publicação trimestral
de circulação internacional que enfatiza o feminino (autores
novos ao lado dos consagrados) e onde realizou 04
Concursos Internacionais de Poesia com excelente acolhida.
Publicou Mulher EmBalada, pacote poético (1992)
Bashô em Nós, co-autoria, haicais; Relato de Viagem
à Marmelada, haicais (1997);Flor do Quiabo, haicais(2001);
O Mágico de Nós – 1988, 2° ed., 1989, e Rituais, 1997,
ambos de contos.
Em 1998 a convite da Secretaria de Cultura do Estado de
Minas Gerais, foi secretária, tradutora e intérprete da
I Bienal Internacional de Poesia de Belo Horizonte.
e-mail: memerg@gmail.com
www.mulheresemergentes.blogspot.com
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(a Vinicius de Moraes)
em total entrega.
A alegria do prazer
em cúmplice procura
curtir os descaminhos
e a longa estrada
perder-se em nichos e fendas
sentir-se alvo e bicho
na sinuosa senda.
Da alma da mulher
à espreita
do menor gesto
a compreensão do desejo
que ele enfeita
(no tom do suspiro
o beijo no ombro que ele encerra)
e descendo vales
contornando serra
atento e entregue
à espera da morte maior
que a paixão traz,
há que, o homem,
que morrer ensaia,
para o prazer da amada
estar sempre de tocaia
inquietação estranha:
visgo, aranha.
Revolveu-me tanto:
enguia, cabra, cobra.
Revirou-me entranhas
ao te receber
(alto calibre;
pimenta, gengibre)
sôfrega e nua,
virada pra lua.
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o céu pinta consigo
a cor da manhã.
***
Mais te amava
sem saber que me deixavas.
Rompeu-me a alma em sustos.
(Até tu, Brutus?!)
***
No capim orvalhado
guarda-chuva de renda
a teia de aranha.
***
Teu ritmo ágil ralenta
Ora vai, ora vem, inventa.
Minha carne frágil e sedenta!
clarão de prata
madrugada na janela:
lua cheia pendurada no varal.
inefáveis poemas
clamam por ti!
Constelações
Noite –
a curvatura do dorso
o singelo pescoço…
na placidez, o boi rumina rubis
e baba, leitosos, quartzos róseos,
onde cintila aldebarã.
De manhã
Presepeiro, pesado, às vezes ligeiro,
boi de canga, boi de farra,
bumbo-meu-boi.
E touro bravo, de sangrenta arena,
me volto manso,
sem qualquer pena.
No laço fácil do teu abraço,
vaca leiteira, lambe-lambê-las,
rumino estrelas.
tua boca na minha
deslizando
Bela
Tua mão pelo corpo
Se apegando
Hera
A voz em murmúrio
Gemido e novilúnio
Quem dera!
Tua solidez
Por uma vez
Quimera!
envolve o corpo lasso.
o céu sem estrelas
de nublado encanto
embala e clama
a insone busca
de apagada chama!
Ocaso
Nos raros dias
em que você volta a me ver
tudo vale a pena!
A alegria se instala
o sol canta
o jardim fala!…
E, invejoso, o tempo,
o tal cotidiano,
te leva depressa, pobre príncipe.
Nubla minha tarde, e eu, triste rã,
um fiapo de esperança vã,
resto sombria, na calma vazia
onde se infiltra, tênue,
um fio de poesia.
mão
alisa
e sorri
controvertido
sorriso
contra o vestido.
ardeste fogueiras, distraído
Fez-se fogo-fátuo
E sem ti, anjo torto, corpotraído,
jaz agora
fogo morto.
Ter
formas de maçã
A surpresa
de textura e cor
da romã
Do caju,
sumarenta carnadura
Da goiaba de vez,
o frescor
Então,
apetitosa e nua
a fome acesa
em tua mesa,
ver, talvez,
o emergente calor
da tua carne dura.
*
Na lua nova
de recurvo brilho
a paixão renovas
No meu céu
de cio crescente
a chama alteia
E serpente e sereia
me encontro vindo:
lua cheia
E quando, bacante,
mesmo minguante,
me prendes a cintura
na quadratura de cada mês,
a cada vez,
desvendas com arte
a sanguínea face
de minha lua escarlate.
*
Um beijo
pelo corpo inteiro
ligeiro
deixou
uma borboleta roxa
mordida
na
coxa
*
Espero.
Tal Penélope
teço a teia
de suspiro e saudade
em ponto meia.
Às noites de lua
entremeio
fios de paixão
brilhos de prazer
bordados em canção
eu, toda nua,
vestindo tua mão.
Pronto o manto
envolvo de encanto
loucos sonhos na cama,
a trama de quem ama.
Tal Penélope
na noite sem lua
sem teus passos na rua
desmancho, desfaço,
meus pontos, teu laço.
A solidão, não meço.
Amanhã, recomeço.
*
2-Breve Biografia:
www.mulheresemergentes.com
Embaixadora Universal da Paz
Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix - Suisse / France
Poeta del Mundo .
Em 1998, foi secretária, tradutora e intérprete na I Bienal Internacional de Poesia de BH, a convite da Secretaria de Cultura de MG. Em 2008 organizou, a mostra itinerante I Mostra Mineira de Haicai Mulheres Emergentes. Tânia tem diversos trabalhos premiados em concursos literários no Brasil e exterior.
3-Breve biografia
Sobre a palestrante:
Na AML, ela vai detalhar a trajetória desse projeto ao lado da professora Constância Lima Duarte, que é pesquisadora e leciona na Faculdade de Letras da UFMG. A autora e editora ressalta que a publicação “Mulheres Emergentes” já circulou por vários continentes, com edições que chegaram a países da África, da Europa e da América do Sul.
“Quando um amigo viajava, eu mandava uma edição na mala dele, e assim o jornal foi chegando a muitos lugares. Em outras vezes, era por meio do correio mesmo. Eu também criei um prêmio de poesia e ilustração que teve uma repercussão muito grande. Eu recebi mais de 1.600 poemas e 200 ilustrações do Brasil e de outros países. Depois, eu editei um livro com parte desse conteúdo”, conta Tânia.
Ao longo dessas três décadas, alguns temas têm-se mantido constante entre os poemas. Tânia destaca, por exemplo, o erotismo, mas, no últimos anos, a pautas sociais também têm marcado presença. “Hoje eu percebo uma recorrência maior na abordagem da violência contra a mulher. Há muitos textos que trazem isso com uma força muito grande. Eu noto que as poetas mais jovens também estão menos tímidas”, observa ela.
Agenda
O quê
Quando
Quanto
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