segunda-feira, 27 de junho de 2011

AMIGOS ACADÊMICOS SOLICITAMOS A TODOS, A BIOGRAFIA DO SEU PATRONO EM 15 LINHAS-LETRA ARIAL-TAMANHO 12. POSTAR EM COMENTÁRIOS GRATA. SILVIA ARAUJO MOTTA




AMIGOS ACADÊMICOS SOLICITAMOS A TODOS, A BIOGRAFIA DO SEU PATRONO EM 15 LINHAS-LETRA ARIAL-TAMANHO 12. POSTAR EM COMENTÁRIOS GRATA. SILVIA ARAUJO MOTTA

10 comentários:

  1. " Fumando "
    Autor: Djalma Andrade

    Com o cigarro na boca é que eu costumo
    Fazer balanço do que fiz no dia ...
    Este cigarro, que, absorto, fumo,
    É o melhor tomo de filosofia . . .

    Cigarros e cigarros eu consumo,
    A pensar no que fiz... no que faria ...
    Eles me dizem qual o melhor rumo,
    Eles me dão fumaças de alegria.

    Homem, se acaso um dia tu pensares
    No falso fumo que é toda ilusão,
    E a vida ao teu cigarro comparares,

    Acharás bem fiel comparação:
    - Na fumaça que sobe pelos ares
    E na cinza que rola pelo chão....
    -

    ( Antologia da Nova Poesia Brasileira
    J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )
    ---***---

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  2. " Humildade "

    Autor: Djalma Andrade

    Que o meu orgulho torne-se humildade
    Podendo ser o mais, que eu seja o menos;
    Que morra, em mim, a estúpida vaidade
    E que eu seja o menor entre os pequenos.

    E que eu pratique o bem, - fuja de maldade
    E não atenda mais aos seus acenos;
    Que se transforme em rosas de bondade
    O que era em mim espinhos e venenos.

    Que a minha mão as dores alivie,
    Que aos mais humildes eu não cause inveja,
    E, se luz eu tiver, que aos outros guie...

    Mãe, que eu veja nos pobres meus iguais,
    E, se orgulho eu tiver. que o orgulho seja
    De ser o mais humilde dos mortais.

    ( Antologia da Nova Poesia Brasileira
    J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )
    ---***---

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  3. " Meu Filho "

    Autor:Djalma Andrade


    No princípio era o verbo e, em seguida,
    Nada se achou de mais sublime efeito:
    - Que tu tenhas, meu filho, nesta vida,
    Pela palavra, o máximo respeito.

    Faz que ela seja clara e revestida
    De alta elegância, de tal arte e jeito
    Que, pela graça, seja sempre ouvida
    E meditada pelo seu conceito.

    Torna a palavra majestosa e augusta,
    Que a idéia é linda quando a frase a toca
    Em cada termo uma fulguração!

    Busca, ao falares, a expressão mais justa,
    E que a palavra só te venha à boca
    Trazendo o gosto de teu coração.


    ( Antologia da Nova Poesia Brasileira
    J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )
    ---***---

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  4. " Ato de Caridade"

    Autor: Djalma Andrade

    Que eu faça o bem e de tal modo o faça,
    Que ninguém saiba o quanto me custou.
    - Mãe, espero em ti mais esta graça:
    - Que eu seja bom sem parecer que o sou.

    Que o pouco que me dês me satisfaça,
    E se, do pouco mesmo, algum sobrou,
    Que eu leve esta migalha onde a desgraça
    Inesperadamente penetrou.

    Que a minha mesa, a mais, tenha um talher,
    Que será, minha mãe, Senhora nossa,
    Para o pobre faminto que vier.

    Que eu transponha tropeços e embaraços:
    Que eu não coma, sozinho, o pão que possa
    Ser partido, por mim, em dois pedaços.

    O soneto “Ato de Caridade” do queluziano Djalma Andrade
    foi considerado pela Academia de Letras de Portugal como
    um dos doze sonetos mais bonitos da língua portuguesa.

    ( Antologia da Nova Poesia Brasileira
    J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )
    ---***---

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  5. DJALMA ANDRADE

    3 de dezembro de 1891
    12 de maio de 1975

    Acróstico-biográfico Nº 17
    Por Sílvia Araújo Motta

    D_De Congonhas de Campo, o grande mineiro,
    J_Justamente com pseudônimo “Guilherme Tell”
    A_Assinou também “Félix Arruda”.Escritor.
    L_Lecionou História no Colégio Estadual.
    M_Mestre Católico defendia a tradição à Moral.
    A_Autor de Trovas de fina malícia e humor.

    A_Acadêmico da AML, Presidente, Imortal,
    N_No Curso de Literatura Brasileira, Professor..
    D_Definido Clássico-Lírico-Sonetista, sem igual
    R_Revelou-se crítico-satírico, Jornalista.
    A“Ato de Caridade”, soneto-universalista!
    D_Deixou ricas obras: “Vinha Ressequida”...
    E_Epigramas, versos para toda a Vida.
    -
    PATRONO Da Cadeira 27 Na Academia
    De Letras João Guimarães Rosa
    Da Polícia Militar De Minas Gerais Pmmg-
    Acadêmico Francis Alberto Cotta Formiga
    Escritor - Pesquisador - Efetivo-Curricular
    -
    2º Sucessor da Cadeira 9 da Academia Mineira de Letras
    Patrono:Josaphat Bello
    -
    Patrono da Cadeira 01-Área: Letras.Seção: Poesia.
    Ocupada por Juraceí Barros Gomes.
    Na Arcádia de Minas Gerais.
    Belo Horizonte, 15 de dezembro de 2002.
    -

    ---***---

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  6. Escritora Imortal: Silvia de Lourdes Araújo Motta
    Cadeira 2 –ALB-MG-Academia de Letras do Brasil-Seção Minas Gerais.
    http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com

    PATRONO: " Djalma Andrade "

    Nasceu em Congonhas, Minas Gerais.Formado em Direito. Nomeado promotor de Justiça em Ouro Preto, não tomou posse para dedicar-se ao jornalismo e as letras. Atuou em quase todos os jornais e revistas em Belo Horizonte. No Estado de Minas assinava a coluna "A História Alegre de Belo Horizonte".
    Membro da Academia Mineira de Letras e da Academia de Lisboa. Bibliografia:“Versos Escolhidos” – 1935;“Poemas de Ontem e de Hoje” 1937;“Sátiras” “Cartuchos de Festim” “Poemas Escolhidos” “Versos Escolhidos e Epigramas” -1945 -Teve diversos livros com edições esgotadas em especial a última em 1986. Faleceu aos 83 anos.(Antologia da Nova Poesia Brasileira
    J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948 )


    -*-

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  7. MINHA TERRA

    Autor: Djalma Andrade

    Ó turista errante a caminhar à toa,
    Olhos fatigados de mirar Paris,
    Vem ver minha terra como é clara e boa,
    Vem ver minha gente a trabalhar feliz!

    Vem ver minha Minas como é linda e calma,
    Ó turista errante, vai andando ao léu…
    Que este clima puro robustece a alma,
    - Sobe estas montanhas que acharás o céu.

    Esta é Vila Rica, uma cidade exemplo,
    Pisa bem de leve, passa devagar,
    Ó turista errante, esta cidade é um templo.
    Quem não tem vontade, Santo Deus, de orar!

    Homens formidáveis que curtiram travos
    Por aqui passaram, por estes recantos:
    - Dizem as histórias que eles foram bravos,
    Eu às vezes penso que eles foram santos.

    Olha estas imagens, olha-as com carinho,
    Santos semelhantes parecendo irmãos,
    Foram todos feitos pelo Aleijadinho,
    O monstruoso génio que não tinha mãos.

    Olha estas ermidas, vasos, esculturas,
    As capelas lindas, com seus lindos santos…
    Quando chega maio, que alegria puras!
    Cobrem-se de flores, enchem-se de cantos.

    Esta é Diamantina, outrora onipotente,
    Este é o Sabará gentil dos meus avós:
    - São cidades mortas para toda a gente,
    São cidades santas para todos nós.

    Vem ver as mineiras, lindas esperanças,
    Do seu peito brando é que a bondade emana;
    Têm a singeleza de ovelhinhas mansas,
    E o caráter de aço da mulher romana.

    Vem ver o mineiro a levantar cidades,
    Na labuta austera, cheio de virtude:
    - o meu povo vence sem mostrar vaidades,
    Minas se engrandece no trabalho rude.

    Olha estas montanhas, têm o aspeto rudo,
    São de ferro e aço, valem um tesouro!
    - Aço e ferro juntos formam um escudo
    A guardar de Minas o caráter de ouro.

    Ó turista errante, a tua jornada encerra,
    Não verás, por certo, entre países mil,
    Terra mais bonita do que a minha terra,
    Terra mais pujante do que o meu Brasil!

    DJALMA ANDRADE

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  8. PODE ENTRAR, QUE A CASA É SUA

    Autor: Djalma Andrade

    Minas… Igrejas e sinos
    De sons puros, cristalinos…
    Pompas… Passado de glórias…
    Cidades velhas, velhinhas,
    Com ternura de avozinhas,
    Que contam lindas histórias.

    Minas… As velhas fazendas
    Cheias de casos e lendas
    De uma era sombria, escura…
    E Minas das claras fontes,
    Dos rasgados horizontes,
    Minas do pão, da fartura.

    Minas… as longas estradas
    Nos duros morros cravadas…
    Gente forte à luta afeita!
    Carros gemendo e cantando,
    Serras e montes galgando,
    Na alegria da colheita.

    Minas… Repiques festivos,
    A banda, dobrados vivos
    Rompe com fúria infernal…
    Foguetes, o largo cheio…
    Todo o povo alegre veio
    Para a festa no arraial.

    Minas… É o lar que se agita
    Gente de fora, visita,
    Todos à porta da rua…
    Sorriso franco e bondoso,
    Lá dentro o café cheiroso:
    – Pode entrar, que a casa é sua.

    ---***---

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  9. BELO HORIZONTE

    Autor: Djalma Andrade


    Belo Horizonte, glória ao mineiro!
    Bendito o esforço da sua mão,
    Que traça linhas no solo agreste
    E faz cidades nascer do chão.

    Glória ao mineiro de sãs virtudes
    Que as tempestades sabe afrontar,
    Que faz cidades de ruas retas
    Porque esse é o jeito do seu andar.

    Belo Horizonte, fonte de vida,
    Chegam enfermos em procissões!
    Só com a magia desses teus ares,
    Fazes milagres, ressurreições.

    Árvores verdes, fortes, tranquilas,
    Que afrontam firmes o temporal,
    Como soldados postos em filas
    Numa parada descomunal.

    Belo Horizonte, conto de fadas!
    Luta o mineiro na grande Minas,
    E eis que a cidade surge do nada,
    Tal qual o mundo das mãos divinas.

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  10. TROVAS DO POETA E TROVADOR:
    DJALMA ANDRADE
    CADEIRA*31-PATRONO NA
    ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:
    31-DJALMA ANDRADE

    Em 1917, Djalma Andrade
    lançou a obra Trovas Cívicas.
    Para celebrar o cinqüentenário
    de Belo Horizonte, começou a escrever,
    em 1947, uma série de crônicas intituladas
    – História Alegre de Belo Horizonte,
    que acabou se tornando um grande sucesso
    durante vários anos no jornal Estado de Minas.

    “De todas que amei no mundo,
    uma, somente, ficou:
    deixou um traço mais fundo
    quem mais de leve passou.”

    “A saudade é luz da lua,
    luz que a tristeza gelou,
    a iluminar os caminhos
    por onde o sol já passou.”

    “Tenho medo, faço alarme,
    se ela hoje me sorri.
    Aos oitenta anos quer dar-me
    o que aos vinte lhe pedi...”

    Que alegria suavbe e doce
    na clara luz matinal!
    brilha o sol, como se fosse
    um pandeiro de cristal.

    As calças do Padre Cura
    e as da Maria de tal,
    quando o demônio as mistura
    dançam samba no varal.

    Tua modista, senhora,
    mostrou ter grande talento,
    prendendo um chapéu de plimas
    numa cabeça de ventos.

    Viúva de andar esquivo
    com seu vago olhar absorto,
    eu vivo pensando, vivo,
    na vida que deste ao morto.

    Vai o tempo, em correria,
    tangendo com duro açoite,
    o potro branco da luz
    e o corcel negro da noite.

    A dor, por maior que seja,
    se comprime e se contrai:
    -Eu nunca vi dor no mundo
    que não coubesse em um ai.

    Com setenta anos de idade
    o velho se confessou...
    Pecado? Não! Só vaidade
    de dizer que já pecou.

    Os meus castelos são lindos,
    vê-los por terra me dói:
    -Passa uma saia e os construo,
    passa outra saia e os destrói.

    Hoje, só sedas consome
    essa morena supimpa:
    -Depois que sujou seu nome
    é que ela vive mais limpa.

    Vendo-te , vem –me à lembrança...
    tudo que leva ao pecado:
    -Um quarto, um leito de penas,
    um lampião apagado.

    Quando eu penso em ti, eu penso
    tão alto, com tal tormento,
    que chego a temer que os outros
    escutem meu pensamento.

    Numa vela se resume
    toda a luz que o morto leva:
    -Ninguém vê que é pouco lume
    para o tamanho da treva.

    Todo teu corpo estremece
    Se te falo: -Que doidice!
    Que dirás se eu te dissesse
    tudo aquilo que eu não disse?

    Tive sede...Com teu beijo,
    quis matá-la e foi pior:
    _Depois de morto o desejo,
    veio um desejo maior.

    ---***---

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